15 de agosto de 2019

Representantes do Terreiro Ylé Axé de Oxalá de Boa Vista participarão do 15º Encontro de Religiões de Orixás (ERO 2019)



Nesta sexta-feira, dia 16, um representante da Coordenação do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar, e famílias agricultoras representantes de uma comunidade tradicional de terreiro, que também faz parte do Coletivo e da área de atuação do Patac, mais precisamente do terreiro Ylé Axé de Oxalá que fica localizando na comunidade Malhadinha em Boa Vista - PB, participarão do 15º Encontro das Religiões de Orixás (ERO), que acontecerá em João Pessoa.

Neste ano, o ERO 2019 traz como proposta discutir dois eixos centrais: Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e Segurança Pública. O ERO é um evento construindo coletivamente e em cada uma de suas edições pautou e ajudou a levantar diversas políticas públicas que transformaram a imagem das religiões de Orixás perante a sociedade e perante o poder público, trazendo mudanças significativas nos campos da liberdade religiosa e de culto, das políticas de combate à fome e erradicação da pobreza de comunidades tradicionais de terreiro.

Desde sua criação várias mudanças aconteceram no cenário municipal, estadual e nacional, proporcionando melhorias significativas na qualidade de vida daqueles e daquelas que professam a religião dos Orixás. Porém, outras mudanças nos assolam, seja pelo fim de políticas públicas direcionadas a esses povos, seja pela disseminação de ideologias odiosas que permitem que pessoas intolerantes e desrespeitosas invadam nossos espaços, quebrem nossos signos e retirem nossa autonomia.

O terreiro Ylé Axé de Oxalá será representado pelos integrantes, Eliã Raquel da Fonseca (Mãe Raquel), Joeliton Elias da Silva (Pai Leca) e Maria Gabriela Elias da Silva.  Já pela coordenação do Coletivo o evento contará com a presença de Alex Barbosa dos Santos, que também é do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba (Consea-PB) e integrante do Terreiro Ylé Axé de Oxalá. Pela a entidade de Assessoria à Agricultura Familiar (Patac) irá o coordenador institucional, José Waldir de Sousa Costa que também é Vice-Presidente do Consea-PB.

Para a Coordenação do Coletivo, na pessoa de Alex Barbosa, a importância ter representação do território neste espaço, garante que se está tendo um grande crescimento no reconhecimento da identidade das pessoas  “Para o Coletivo, está nesse momento,  e ter hoje, uma comunidade que se reconhece como de matriz africana em sua constituição, é algo que representa nosso crescimento enquanto território, é considerar os vários povos que constroem o Semiárido, que constroem a Convivência e que constroem a Agroecologia.  E nós, enquanto organização, construímos um processo democrático de defesa da segurança e soberania alimentar, de Convivência e de Agroecologia considerando os símbolos materiais e espirituais. Está nesse momento, podendo contribuir com a nossa experiência de organização de agricultores e agricultoras é algo que nos faz crescer considerando às diversas expressões religiosas e de espiritualidade do Semiárido brasileiro”, declarou Alex.
 
A atividade acontecerá no Colégio Argentina, das 8h às 16h em João Pessoa – PB e conta com a presença de todos que professam a religião dos Orixás. Ela faz parte das Conferencias Regionais Preparatórias para a Conferencia Nacional Popular e Autônoma por Direitos, Democracia e Segurança Alimentar e Nutricional. O evento está sendo organizado pela Federação Independente dos Cultos Afro-brasileiros do Estado da Paraíba, e tem como parceiros o Governo do Estado da Paraíba, a Secretária da Mulher e da Diversidade Humana, o Consea – PB, os Terreiros de Mãe Josi e de Mãe Maria das Graças e a Rede Mulheres de Terreiros.





14 de agosto de 2019

Comunidade Santa Rosa celebra “Agosto Para a Igualdade Racial” neste sábado em Boa Vista


A Comunidade remanescente de quilombo, Santa Rosa, de Boa Vista-PB, região do Coletivo e de atuação do Patac, estará participando do 8º Seminário “Agosto Para a Igualdade Racial” uma iniciativa do Movimento Negro de Campina Grande.

A programação destinada para este sábado dia (17) contará com o lançamento do Cordel "Vidas Negras importam ou não?" do poeta cordelista, J. Lima, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), a partir das 14h.

Seguindo a programação acontecerá a palestra: "Vidas Negras Importam" este momento será conduzido pelo professor e mestre em Filosofia, Nazito Pereira, da Rede Estadual de Ensino da Paraíba.

Por volta das 17h, saudando o Pôr do Sol acontecerá uma Cantoria com os artistas Evaldo Severino, Evaldo filho e o poeta Josemir.  Às 18h terá um ato solene com as falas das autoridades e lideranças locais, em seguida haverá um grande arrasta pé encerrando a programação.

Sobre o evento: O “Agosto Para a Igualdade Racial” teve início no ano de 2012 para combater o genocídio da juventude negra e, ao mesmo tempo, lutar pela efetivação das leis 10.639\03 e 11.645\08 no currículo das escolas públicas de Campina Grande. Além desse aspecto relevante, pode-se afirmar que no seu histórico de luta pela valorização do patrimônio afrobrasileiro e direito à vida dos jovens negros, o seminário surgiu também da necessidade de reunir em um só espaço de debate os estudiosos do mundo acadêmico e intelectuais do movimento negro que se dedicam ao estudo da história da África, cultura afrobrasileira e combate ao racismo no campo da educação.


Mulheres do Coletivo participam da Marcha das Margaridas em Brasília



As mulheres do território do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar participaram da Marcha das Margaridas, na manhã desta quarta-feira (14), em Brasília. Sete mulheres dos municípios de Olivedos, Soledade, Juazeirinho e Cubatí viajaram na Caravana da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) para junto a outras mulheres, dizerem não ao fim da violência contra às mulheres e as desigualdades de gênero.

A Marcha das Margaridas é considerado o maior evento político de mulheres do campo, da floresta e das águas da América Latina, e tem como força inspiradora a luta de Margarida Maria Alves, uma mulher trabalhadora rural nordestina que, rompendo com padrões tradicionais de gênero ocupou, por 12 anos, a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.
Líder sindical bastante influente, construiu uma trajetória sindical de luta pelo direito à terra, pela reforma agrária, por melhores condições de trabalho e contra as injustiças sociais e o analfabetismo.

No dia 12 de agosto de 1983, esta grande lutadora do povo foi brutalmente assassinada, na porta de sua casa. Seu nome se tornou um símbolo nacional de força e coragem cultivado pelas mulheres e homens do campo, da floresta e das águas. É em nome dessa luta que a cada quatro anos, no mês de agosto, milhares de Margaridas de todos os cantos do País marcham em Brasília, num clamor por justiça, igualdade e paz no campo e na cidade.

É coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), suas 27 Federações e mais de 4 mil Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais filiados. A Marcha das Margaridas se constrói em parceria com 16 movimentos feministas e de mulheres trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais.


Além das pautas das mulheres, o evento também traz reivindicações do público LGBT relacionadas a equidade de direitos, as lutas das comunidades e povos tradicionais, além da pauta contra o racismo, machismo e sexismo.


9 de agosto de 2019

Cooperar visita território da Coletivo/Patac para conhecer tecnologias sociais e auto-organização implementadas pelas famílias agricultoras em parceria com a ASA Paraíba

Agricultora Quitéria apresentando sua produção agroecológica 
Jovem agricultora (filho de Quitéria) fala da sua experiência

Na última sexta-feira, dia (09) a Articulação do Semiárido Paraibano recebeu em um dos seus territórios a visita dos gestores estaduais do Paraíba Rural Sustentável (Cooperar). Além desses, assessorias técnicas de várias organizações da ASA Paraíba, lideranças agricultoras e representantes de outros territórios do Semiárido.

A visita aconteceu no município de Cubatí-PB, região de atuação do Coletivo e do Patac, contemplando assim, uma experiência familiar, na propriedade da família agricultora de Quitéria e Antônio no Assentamento São Domingos e uma experiência comunitária em Capoeiras e Coalhada.

As mais de 20 pessoas presentes puderam visualizar a produção dos alimentos saudáveis no arredor de casa de Quitéria, a partir da tecnologia da segunda água (cisterna do P+2) e do sistema de água servida.

Na experiência comunitária observaram o beneficiamento de alimentos, com degustação dos mesmos, compreenderam a auto-organização comunitária a partir do Fundo Rotativo Solidário, a fabricação das telas para produção de alimentos e conheceram a gestão do Banco de Sementes Comunitário.

Feira Agroecológica – Os visitantes, antes de se dirigirem as experiências tomaram café na Feira Agroecológica de Soledade e conheceram o funcionamento de uma das sete feiras do território do Coletivo. A feira acontece na praça José de Melo, no centro, todas as sextas-feiras, das 6h30 às 10h.

Liderança agricultora Solange apresenta a gestão do Banco de Sementes
Na parte da tarde, na sala de reuniões da Casa de Economia Solidária, aconteceu uma reunião entre os representantes da Rede Água da ASA Paraíba, Antônio Melo e José Camelo da Rocha, entre outros integrantes da Coordenação do Coletivo. Falaram do trabalho que executam nas comunidades rurais espalhadas pelo Estado da Paraíba, e esboçaram o desejo de participar do Projeto Paraíba Rural Sustentável como parceiro das ações que serão implementadas pelo Cooperar nessa nova gestão.

Agricultora Vitória apresenta a maquinas de tela (tecnologia social)
Na ocasião, os técnicos do Cooperar – Elisane Abrantes (gerente de Operações), Flávio Luna (gerente de Planejamento, Monitoramento e Avaliação) e Marcos Feitosa (responsável pelo Subcomponente 2b – tecnologias) disseram que toda parceria é bem vida, e que o carro chefe dessa nova linha de atuação do PB Paraíba Rural Sustentável executado pelo Projeto Cooperar, que é vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds) será o acesso a água, reduzir a vulnerabilidade agroclimática e aumentar o acesso a mercados para a população rural da região.

Eles enfatizaram, ainda, que o PB Rural irá beneficiar em quatro anos e meio (2019 a 2023), mais de 44 mil famílias de agricultores da zona rural do Estado, o que corresponde a 165 mil pessoas assistidas.

Por fim, as organizações e os representantes do governo estabeleceram diálogo em torno da comercialização dos alimentos agroecológicos da Bodega e da importância desse espaço para as famílias agricultoras de várias regiões do estado da Paraíba, territórios de atuação da ASA PB, que fornecem alimento para esse espaço em Soledade.  

Organizações comemoram a volta do CONSEA com banquetaço em Campina Grande

Um conjunto de organizações que atuam na promoção do direito humano à alimentação realizará no dia 27 de fevereiro, segunda-feira, um ‘Banqu...