Apresentando a propriedade |
Cerca de 40 agricultores e agricultoras do Coletivo
Cariri estiveram reunidos durante todo o dia desta quarta-feira, 06, na comunidade
Sussuarana em Juazeirinho, para mais um encontro da Comissão Criação Animal.
O momento de reflexão entre
os municípios de Juazeirinho, São João do Cariri, Santo André, Olivedos, Gurjão, Pocinhos e Tenório, teve inicialmente base na
visita da propriedade do casal de agricultores Petrônio e Ivoneide, onde os
participantes puderam observar as estratégias desenvolvidas na propriedade para
a convivência com o Semiárido, principalmente em relação a produção,
armazenamento e estocagem de forragem.
Exemplo de plantas forrageiras |
O casal agricultor explicou
que depois que se inseriram nos espaços de organização comunitária veio a
conscientização de que, mesmo vivendo em uma região de muitas dificuldades, era
possível ter qualidade de vida e esse despertar os fez começar a experimentar
diversas formas de convivência. Petrônio diz que logo que descobriu a Glirícidia
como planta forrageira não teve mais dificuldades em alimentar os animais e
passou também a ter autonomia e não depender mais da assistência do governo “A
Glirícia misturada a outras forrageiras é uma grande alimentação. Depois que
comecei a fazer silos e usá-la na complementação nutricional dos animais, não
tive perdas e não precisei mais pegar ração em Juazeirinho”.
Já Ivoneide ressaltou a
importância da produção de alimentos no arredor de casa, “só de ter hortaliças saudáveis,
e não precisar sair para cidade para comprar, pra mim já é uma grande coisa. Eu
aprendi com meus pais tudo o que sei na
agricultura, mas depois que comecei a participar dos espaços, pude aprimorar
conhecimentos, é muito importante”.
Esterqueira |
Cerca Viva |
Na contextualização entre os
agricultores com olhar na campanha Forragem: “Quem Cria Estoca!” que está sendo
realizada pelo Coletivo e pela a Ong Patac na região do Cariri, Curimataú e
Seridó , as discussões mostraram que a melhor forma de conscientizar as pessoas
é mostrar como as ações em torno da temática estão sendo desenvolvidas nas
propriedades de pessoas que já realizam a experiência de silos, feno e outros
exemplos de estocagem e armazenamento. Porém, para o processo desencadear uma
ação coletiva e concreta, onde outras famílias também possam se interessar é
preciso que haja motivação de quem já faz o trabalho. “Temos que ter coragem,
conhecimento e animação”, finalizou dona Maria Clarindo, agricultora que
participou da inserção da comunidade em espaços organizativos.
Plantas Forrageiras |
O último ponto da pauta foi
a VI Festa Regional da Semente da Paixão que será realizada em novembro. Como encaminhamento
ficou acordado que ao voltar as comunidades as lideranças vão identificar
experiências de agricultores e agricultoras no tema “Sementes” vegetal e
animal, inseridos no processo de
formação ou não, para que essas
experiências sejam sistematizadas de diversas formas para a exposição na festa.
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