O Patac, através do seu Coordenador
do Programa Manejo Sustentável da Biodiversidade, Antônio Carlos Pires de Mello,
e a Associação Coletivo Curimataú, Cariri e Seridó, através de Edvan Farias, participaram
da 2ª reunião extraordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba
(CBH-PB) nesta segunda-feira, (18/06), na Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG), para discutirem a atual situação do açude Epitácio Pessoa (açude
de boqueirão) diante do período de estiagem e debaterem questões internas do
comitê.
Conforme pesquisa realiza pela
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) no início deste ano, o Açude de
Boqueirão está na eminência de uma crise no abastecimento de água para a cidade
de Campina Grande e outros 25 municípios do Estado que recebem água deste
reservatório. Ainda segundo a pesquisa, a capacidade atual de estocagem do
açude de boqueirão é de 49%.
De acordo com o Plano Estadual de
Recursos Hídricos da Paraíba, aprovado em 2006, o açude Epitácio Pessoa possui
capacidade de fornecer 1,23 metros cúbicos de água por segundo. No entanto,
usuários estão retirando um volume de água acima deste valor.
Durante a reunião, o comitê
decidiu oficializar a problemática do açude de boqueirão para a Agência
Nacional de Águas (ANA), órgão responsável pela gestão do açude, através de uma
nota de repúdio, além de divulgar nos meios de comunicação a existência e a importância
CBH-PB.
Membros do comitê também
aprovaram um parecer que reivindica junto a Agência Executiva de Gestão das
Águas do Estado da Paraíba (AESA) a atualização do Plano de Bacias Hidrográficas,
elaborado em 2002. Outra preocupação do Comitê é a atualização de seu regimento
interno. Para tanto, foi organizado um grupo de membros do Comitê para
apresentar uma nova proposta, no intuito de viabilizar a formação de quórum em
reuniões.
Segundo Antônio Carlos, “esse é
um importante espaço de co-gestão de políticas públicas, onde está presente a
sociedade civil e o governo, e que exige de nós, a sociedade civil, um esforço
de participar destes espaços, levando a problemática que está sendo vivenciada
pelos agricultores, no sentido de influenciar políticas públicas para a melhoria
da convivência com o Semiárido”.
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