“Uma cisterna no Semiárido não é uma mera construção, mas,
uma cisterna no Semiárido é cheia de significados, por que água é vida e
representa dignidade”. Foi com essas palavras que o Coordenador do Patac,
Waldir Cordeiro, tentou descrever a emoção sentida pela comunidade Caiçara de
Soledade, apoiada com a construção de uma cisterna de água de beber, através da
ação da adolescente Camila Cristina Xavier Baptista, que abriu mão dos seus
presentes da festa de 15 anos e pediu para que os convidados fizessem uma
doação, em espécie, durante ofertório da missa solene do seu aniversário para
que o recurso fosse utilizado para a construção de uma cisterna na Escola
Municipal Januário Gonçalves da Silva, na zona rural do município.
25 de novembro de 2015
23 de novembro de 2015
Criação de Raças Nativas é apontada como referência para Resiliência das Famílias Agricultoras no Semiárido
Patac e MDA realizam parceria para execução de ATER Agroecologia

Na ocasião também foi realizado a
assinatura de convênios e parcerias que serão realizados pelo MDA e entidades
de assessoria, dentre estas, o Patac, para a execução do “ATER Agroecologia”. A
entidade foi representada pela coordenadora, Glória Araújo, que assinou o termo
de contrato com o Ministério, para execução das ações no território de atuação
da organização, região do Cariri, Seridó e Curimataú.
Em sua fala, Glória que também é
coordenadora da Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB) e membro da
coordenação executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (Asa Brasil),
destacou que é notório o avanço do plano no que diz respeito à produção de
alimentos saudáveis, mas, além disso, disse que chama a atenção para a
conquista das mulheres dentro do plano, que coloca 50% de mulheres atendidas em
todas as chamadas públicas de ATER, 30% dos recursos de assistência técnica
para atividades específicas e na Promoção da Cidadania e Inclusão Produtiva
para mulheres.
Segundo a coordenadora do Patac,
tudo isso é fruto de muitas lutas, dentre estas, a luta do Grupo de Trabalho
(GT) de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). “Todas essas
conquistas são frutos de muitas lutas de movimentos de mulheres nos vários cantos do Brasil, devemos a muitas
organizações, como por exemplo, ao GT de
Mulheres da ANA. Para se trabalhar com todas essas questões é preciso dar
visibilidade ao trabalho das mulheres e da juventude, então considero essa
inovação extraordinária, os recursos aumentaram, mas a gente precisa que
aumentem mais, por que nós sabemos que o Estado brasileiro, tem uma dívida com
o semiárido, sobretudo, com a agricultura familiar camponesa.”

Também estiveram
presentes à solenidade: representantes do Banco do Nordeste, da Secretaria
Estadual da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, da Federação
dos Trabalhadores/ras da Agricultura da Paraíba (Fetag), do Banco do Brasil e
do Território da Borborema.
Conheça
o Plano - O Plano, que será executado entre 2015 e 2016 concede
para o
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) recursos
para custeio e investimento a agricultores familiares e assentados da reforma
agrária, estando distribuído da seguinte forma: R$ 28,9 bilhões para
financiamento da produção, entre custeio e investimento; Taxas de juros de 2% a
5,5% ao ano para o agricultor familiar; Juros menores para o Semiárido, de 2% a
4,5%; Manutenção das taxas do microcrédito rural e dos créditos de estruturação
produtiva na reforma agrária.
No
que diz respeito à Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), 230 mil novas famílias de
agricultores familiares serão atendidas, o foco será a produção de base agroecológica, as famílias
também receberão apoio na elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Em relação às mudas e sementes o
documento rege o apoio ao fortalecimento da agricultura familiar no resgate,
armazenamento e multiplicação de sementes e mudas; A ampliação da capacidade de
multiplicação de sementes orgânicas e agroecológicas adaptadas aos territórios
pela agricultura familiar e o lançamento de edital para compor parceria com os
governos estaduais em seus programas de sementes e mudas.
No tema Juventude e Sucessão
Rural está previsto uma ATER para 22,8 mil jovens em todo o Brasil, sendo 25%
de jovens atendidos em todas as chamadas públicas de ATER, apoio à produção de
empreendimentos econômicos da juventude rural com R$ 5 milhões destinados pelo
BNDES em parceria com a Fundação Banco do Brasil e mais simplificação no acesso
ao Pronaf Jovem.
Para as
mulheres do campo serão concedidos, 50% de mulheres atendidas em todas as
chamadas públicas de ATER; 30% dos recursos de assistência técnica para
atividades específicas e na Promoção da Cidadania e Inclusão Produtiva, atendimento
100 mil mulheres no Programa Nacional de
Documentação e 250 mil documentos
emitidos.
Para o Acesso
ao Território estão previstos: Novos Decretos de Regularização de Territórios
Quilombolas; 33,4 mil famílias indígenas, quilombolas, extrativistas,
pescadores artesanais com atendimento de ATER; R$ 2 milhões do Programa “Ecoforte
Extrativismo” para empreendimentos econômicos coletivos sustentáveis na
Amazônia em parceria com o BNDES e Fundação Banco do Brasil e R$ 40 milhões para as populações extrativistas
por meio do Programa de Garantia de Preços Mínimos de Produtos da
Sociobiodiversidade (PGPMBio).
E por fim, em relação ao
Desenvolvimento Territorial e a Estratégia de Gestão Territorial do Plano Safra,
estão previstos: Gestão social do Plano
Safra nos territórios para efetivação das políticas públicas e promoção da
inclusão produtiva e com abrangência de 239 Territórios Rurais e da Cidadania.
19 de novembro de 2015
Agricultores/as realizam ato público em Juazeiro (BA) pelas ações de convivência com o Semiárido

O ato reuniu cerca de 20 mil pessoas vindas de
todos os estados do Semiárido e foi uma realização da Articulação Semiárido
Brasileiro (ASA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento
dos Pequenos Agricultores (MPA), Levante Popular da Juventude e Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Décadas
atrás a situação da seca no Semiárido brasileiro e a falta de políticas
públicas de convivência eram os motivos de mortes de milhões de pessoas por
sede e fome. No entanto, essa é hoje uma realidade distante. Com a
contribuição de ações e programas sociais como o Água para Todos e o Bolsa
Família, 40 milhões de pessoas saíram da miséria e da indigência e hoje a
região é reconhecido por sua beleza, resiliência, alta capacidade de inovação e
produção de conhecimento e alimentos.
O ato
reivindicou a necessidade de recursos para a continuidade dessas políticas
importantes para a convivência com a região semiárida, que estão ameaçadas por
conta da crise econômica e política. São ações descentralizadas como a
implementação de cisternas de placas para captação de água da chuva para
consumo humano e para produção de alimentos, Bolsa Família, acesso a créditos,
Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (Pnae), Seguro Safra e o Bolsa Estiagem.
Atualmente,
quase um milhão de famílias têm água de qualidade para beber ao lado de casa,
através das cisternas de placas; cerca de 120 mil famílias podem produzir
alimentos com água garantida através das diversas tecnologias sociais. Mas o
número de tecnologias de captação de água de chuva ainda não é o suficiente
para beneficiar todas as famílias que residem na região, sobretudo porque há
cinco anos, a população enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos. Atualmente,
as metas para implementação dessas tecnologias são menores, se comparadas a alguns anos anteriores, e mesmo o
contratado não consegue ser implementado, pois não há recursos nos Ministérios.
O número de tecnologias de acesso à água construídas até agora é o menor dos
últimos anos.
A
agricultora Juvani de Almeida destaca os benefícios e importância das
tecnologias de captação e armazenamento de água. “Quando a gente não tinha a
cisterna de placas a gente sofria bastante com lata d’água na cabeça. Aí essas
cisternas chegaram, a gente tem uma água de qualidade e ninguém mais ouviu
falar em cólera. O meu desejo é que continue vindo cisterna para quem não tem”,
diz.

Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos!

O documento tem
como principal foco a continuidade e ampliação das políticas públicas sociais
que, nos últimos 12 anos, têm garantindo uma transformação na vida de milhares
de pessoas e que estão comprometidas atualmente por conta da crise econômica e
política. Entre essas ações, destaca-se o Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA), que sofreu cortes de 65% do orçamento previsto para 2015 e o Programa
Cisternas que também sofreu cortes severos este ano. Pra se ter uma ideia, o
número de tecnologias de captação de água de chuva construídas até agora é o
menor em 12 anos.
A diminuição destas
e outras ações de convivência com o Semiárido, associadas a outros fatores como
a possibilidade de mais três anos de seca, pode indicar a volta de uma
realidade de miséria e fome que, por muitos anos, perdurou no Semiárido. “A
paralisação dessas ações compromete os direitos dos mais pobres, entre eles, o
direito à segurança alimentar”, alerta o documento.
De acordo com o
coordenador da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e representante da ASA no
Consea, Naidison Baptista, a expectativa é que o documento informe aos
participantes a situação atual do Semiárido e que a Conferência possa
contribuir na construção das políticas de convivência com a região. “A 5ª
Conferência é um espaço de debate e construção de políticas e o processo de
construção da política se faz na crítica e no elogio das iniciativas
existentes”, afirma Naidison.
Como ação concreta,
as organizações que assinam a carta defendem um conjunto de medidas distribuída
em 4 linhas de ação tais como a intensificação das ações de cisternas de água
para consumo humano e para produção, a revitalização do Rio São Francisco, o
assentamento imediato de todas as famílias acampadas, a suspensão da PEC 215 –
que transfere do Executivo para o Legislativo a definição da demarcação das
terras indígenas- – a execução do Programa Camponês construído pela Via
Campesina junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a execução do
Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO) e efetiva
implementação do PLANAPO 2 e a implementação e dinamização dos quintais
produtivos, conduzidos pelas mulheres, e na perspectiva da produção de
alimentos saudáveis.
18 de novembro de 2015
O Aboio dos Vaqueiros Paraibanos dá início ao Seminário de Raças Nativas
O Seminário também faz parte das atividades da Red Combiand, uma articulação ibero-americana que reúne pesquisadores de cerca de vinte países que estudam raças nativas e adaptadas para o desenvolvimento sustentável. Dois pesquisadores da Red estão presentes no encontro, Maria Esperanza Camacho, pesquisadora do Instituto Andaluz de Investigación y Formación Agraria y Pesquera, juntamente com Juan Vicent Delgado Bermejo, pesquisador da Universidad de Córdoba.
17 de novembro de 2015
Seminário discutirá o papel das Raças Nativas de Animais para a Agricultura Familiar Agroecológica
Acontecerá de 17 a 19 de novembro, no Santuário Santa Fé de Padre Ibiapina em Arara-PB, o Seminário “Raças Nativas na Agricultura Familiar Agroecológica”, realizado por um conjunto de entidades de promoção da agricultura familiar agroecológica organizadas em torno da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) e da Rede de Cooperativas de ATES, presente em sete microrregiões do estado.
O evento vai reunir um público de 80 pessoas entre lideranças e famílias agricultoras criadoras de raças nativas, assessores técnicos, estudantes, professores e pesquisadores da temática além de outros convidados locais e internacionais.
13 de novembro de 2015
Asa participa de solenidade de transmissão de cargo da diretoria do Insa
Em solenidade bastante
prestigiada na tarde desta quinta-feira, 12, aconteceu a transmissão de cargo de
diretor do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em Campina Grande, Paraíba.
O evento realizou-se no auditório da sede do órgão e reuniu os movimentos
sociais, representantes dos governos estadual e federal e organizações ligadas
ao Semiárido.
Na ocasião o engenheiro agrícola, pesquisador e professor, Salomão Medeiros,
recebeu do professor Ignácio Hernán Salcedo, antigo diretor, as boas vindas
para assumir a gestão administrativa e política do órgão.
A
Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB) foi representada pela coordenadora,
Glória Araújo, que também é membro da coordenação executiva da Articulação
Semiárido Brasileiro (Asa Brasil).
Em sua
fala, Glória ressaltou a importância da união de forças entre os povos, a
academia e demais instituições para a
transformação do Semiárido. Ela disse que a simplicidade e sensibilidade do
antigo diretor (Salcedo) fez a diferença na gestão do Insa nos últimos quatro
anos. “A sua história sempre foi baseada pelo diálogo e nada é mais importante
para construção do conhecimento do que o diálogo entre os saberes populares e o
conhecimento científico na perspectiva do conhecimento do nosso Semiárido”.
Sobre as
transformações desejadas para o Semiárido, a representante das Asa’s disse que
não se chega a nenhuma conquista se não se fizer uma aliança entre as organizações
da sociedade, a luta dos povos e a academia.
Sobre o
momento político, os ajustes fiscais e a especulação de que o Insa possa se
transforma em coordenadoria de biomas, ela disse que é preciso se fazer uma reflexão
sobre a trajetória do Insa nesses quatros anos.
“O Insa
tem vida e já é um patrimônio do Semiárido brasileiro e nós vamos lutar por ele
com muita força, por que aqui não só se produz ciência viva, aqui se produz
ciência da vida, ciência que respeita a natureza, que está em harmonia com as
pessoas que aqui moram e vivem camponesas e camponeses. O Semiárido não é só
bioma, aqui moram pessoas no campo e na cidade, o Estado brasileiro tem uma dívida
com esse povo. Como é que um ajuste fiscal vai tirar de onde já se tem uma
dívida, tem que tirar das grandes
fortunas. Nos últimos 12 anos muita coisa evoluiu no Semiárido brasileiro, foi
um das regiões que mais evoluiu nesse país é por isso que nossa luta não pode
parar”, disse Glória.
Finalizando
saudou novo diretor e ressaltou que a gestão de Salomão é fruto de muitas
lutas, de pessoas e organizações que estão na perspectiva de construir um país
melhor “você nos representa e nós vamos
lutar juntos para que o Insa não pare aqui”.
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