Em solenidade bastante
prestigiada na tarde desta quinta-feira, 12, aconteceu a transmissão de cargo de
diretor do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em Campina Grande, Paraíba.
O evento realizou-se no auditório da sede do órgão e reuniu os movimentos
sociais, representantes dos governos estadual e federal e organizações ligadas
ao Semiárido.
Na ocasião o engenheiro agrícola, pesquisador e professor, Salomão Medeiros,
recebeu do professor Ignácio Hernán Salcedo, antigo diretor, as boas vindas
para assumir a gestão administrativa e política do órgão.
A
Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB) foi representada pela coordenadora,
Glória Araújo, que também é membro da coordenação executiva da Articulação
Semiárido Brasileiro (Asa Brasil).
Em sua
fala, Glória ressaltou a importância da união de forças entre os povos, a
academia e demais instituições para a
transformação do Semiárido. Ela disse que a simplicidade e sensibilidade do
antigo diretor (Salcedo) fez a diferença na gestão do Insa nos últimos quatro
anos. “A sua história sempre foi baseada pelo diálogo e nada é mais importante
para construção do conhecimento do que o diálogo entre os saberes populares e o
conhecimento científico na perspectiva do conhecimento do nosso Semiárido”.
Sobre as
transformações desejadas para o Semiárido, a representante das Asa’s disse que
não se chega a nenhuma conquista se não se fizer uma aliança entre as organizações
da sociedade, a luta dos povos e a academia.
Sobre o
momento político, os ajustes fiscais e a especulação de que o Insa possa se
transforma em coordenadoria de biomas, ela disse que é preciso se fazer uma reflexão
sobre a trajetória do Insa nesses quatros anos.
“O Insa
tem vida e já é um patrimônio do Semiárido brasileiro e nós vamos lutar por ele
com muita força, por que aqui não só se produz ciência viva, aqui se produz
ciência da vida, ciência que respeita a natureza, que está em harmonia com as
pessoas que aqui moram e vivem camponesas e camponeses. O Semiárido não é só
bioma, aqui moram pessoas no campo e na cidade, o Estado brasileiro tem uma dívida
com esse povo. Como é que um ajuste fiscal vai tirar de onde já se tem uma
dívida, tem que tirar das grandes
fortunas. Nos últimos 12 anos muita coisa evoluiu no Semiárido brasileiro, foi
um das regiões que mais evoluiu nesse país é por isso que nossa luta não pode
parar”, disse Glória.
Finalizando
saudou novo diretor e ressaltou que a gestão de Salomão é fruto de muitas
lutas, de pessoas e organizações que estão na perspectiva de construir um país
melhor “você nos representa e nós vamos
lutar juntos para que o Insa não pare aqui”.
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