4 de abril de 2014

MISEREOR E PATAC VISITAM FAMÍLIAS DO COLETIVO

Foto: Simone Benevides
Na última terça-feira, dia 1º de Abril, algumas famílias do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Curimataú e Seridó receberam a visita de representantes da Misereor (Entidade de cooperação de projetos, ligada a Igreja Católica da Alemanha). As representantes da organização Almute Heider e Madeleine Brocke, acompanhadas pelo Patac, estiveram nas famílias de Dona Terezinha, Fátima e Divalcir, Cida e Fátima, onde puderam conhecer as experiências realizadas nos quintais produtivos, estocagem de forragem e armazenamento e captação de água.
As famílias mostraram seus exemplos de superação e resistência ao período de estiagem e a capacidade de se organizarem mesmo quando as adversidades poderiam se tornar o principal obstáculo para a convivência com o Semiárido.
Foto: Simone Benevides
Para Dona Terezinha da comunidade de Quixudir, no município de Soledade, todo o esforço em manter seu quintal produtivo está voltado especialmente para que as 4 famílias (filhas, genros e netos) que residem na propriedade de 25 hectares, tenham alimentação, e além disso, para  que estejam consumindo  alimentos saudáveis. Na sua horta, que fica aproximadamente a 100 metros da sua casa, ela cultiva: Coentro, Cebolinha, Beterraba, Cebola Branca, pepino, plantas frutíferas (maracujá e melancia), medicinais e um pequeno roçado de milho e feijão. A agricultora que está viúva há um ano e três meses, disse que ainda não superou totalmente a perda de seu companheiro, mas procura manter tudo o que construíram juntos. Ela também conserva em seu quintal criações de porcos e caprinos. Sua propriedade foi apoiada pelo P1MC e P1+2, com uma cisterna de água de beber e uma cisterna de enxurrada para produção e possui um  pequeno açude, todos esses reservatórios têm ajudado durante esses dois anos de pouca chuva na região.
Foto: Simone Benevides
Na propriedade de Fátima e Divalcir, em Caiana, também município de Soledade, tivemos a oportunidade de ver uma variedade de fruteiras, hortaliças, além de milho e feijão. O casal que mora em uma terra de herdeiros comprou a propriedade e pretende construir uma nova casa no local, dela estão tirando uma forma de gerar renda neste período de estiagem, através da comercialização do Umbu. Fátima, que tem um rico conhecimento do uso das ervas medicinais, que diz ter herdado da sua avó, apresentou uma variedade dessas plantas que são usadas por ela para cuidar da saúde da família e dos vizinhos, ela faz uso da água servida para manter o quintal verde.  
Foto: Simone Benevides
A última família a ser visitada foi a de Cida, ela mora com sua mãe Fátima e mais sete irmãos, além de outros parentes. Na propriedade conhecemos a experiência de estocagem de forragem, a família cultiva Gliricidia  junto com outras plantas da região, como o cardeiro e fabricam silos para reservar comida para a criação nos períodos de estiagem. Também nessa propriedade várias outras espécies de plantas frutíferas são preservadas.
Na parte da tarde, Almute e Madeleine tiveram a oportunidade de conversar com a comunidade que expôs através de depoimentos, a importância da parceria com a Misereor, através da assessoria do Patac. O objetivo da associação que estar composta por 8 comunidades é expandir a prática da agricultura familiar de base agroecológica para outras famílias da região.


2 de abril de 2014

1ª FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR DE CUBATI REUNIU SEIS COMUNIDADES DE FAMÍLIAS AGRICULTORAS

Foto: Rogéria Campos
A 1ª Feira da Agricultura Familiar de Cubati aconteceu na última semana de março, mais precisamente no dia 26, e reuniu as comunidades de Capoeiras, Coalhada, São domingos, Canoa velha, Abreu e Cubati. Uma diversidades de produtos cultivados a partir da prática agroecológica  permitiu a quem passou no local adquirir alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos. Ovos de guiné e galinha de capoeira, manteiga da terra, queijo, coelhos (filhotes vivos), mel, doces, polpas de frutas (umbu e acerola), bolos (batata e nata), biscoitos, jerimum, berinjela, pimentão, maxixe, feijão verde, coentro, cebolinha verde, couve, cebola branca (medicinal), macaxeira, melancia e limão, são exemplos do que foi vendido.
Foto: Rogéria Campos
O objetivo das famílias agricultoras é comercializar o excedente de sua produção de origem vegetal e animal. A ideia surgiu em 2012,  depois da Jornada Inclusiva no município, que permitiu que  as mulheres das comunidades de Capoeiras, Coalhada e São Domingos (assentamento), colocassem uma banca para vender o excedente da sua produção de alimentos, elas obtiveram sucesso nas vendas e ficaram estimuladas para continuar comercializando em eventos, depois resolveram vir para a sede do município o que aumentou a freguesia, divulgou os produtos e alcançou outras formas de comercialização.
Foto: Rogéria Campos
Nesta primeira versão, a comunidade escolar da Escola Yolanda Chaves de Lima prestigiou o evento, além de outras entidades e parceiros como:. A Assessoria - Sócio - Organizativa PATAC  e a Coordenação do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura  Familiar do Cariri, Seridó e Curimataú.
Dentre as famílias que estão neste processo de comercialização, estão também as que fazem parte do Projeto Vida no Semiárido, patrocinado pela Petrobras, que visa a promoção da segurança alimentar e renda para as famílias agricultoras.
A feira irá acontecer uma vez por mês,  na última quarta- feira, a partir das 6h, em frente ao Salão Paroquial.




Organizações comemoram a volta do CONSEA com banquetaço em Campina Grande

Um conjunto de organizações que atuam na promoção do direito humano à alimentação realizará no dia 27 de fevereiro, segunda-feira, um ‘Banqu...