17 de dezembro de 2015

ASA Paraíba realiza avaliação da VI Festa Estadual das Sementes da Paixão

Integrantes da Coordenação Executiva, da Rede de Sementes e do GT de Comunicação da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) se reuniram, no último  dia 1º de dezembro, para fazer uma avaliação do processo da VI Festa Estadual das Sementes da Paixão, realizada de 14 a 16 de outubro de 2015, nas cidades de Arara e Campina Grande.

Na rodada de avaliações, todos os participantes ressaltaram o sucesso da realização do evento, destacando pontos como a escolha acertada do local da festa, o Santuário Santa Fé de Padre Ibiapina, considerado um lugar místico e simbólico; o envolvimento de outros atores para além das organizações da ASA, a exemplo das equipes de Assistência Técnica e Extensão Rural nos territórios; a estratégia de comunicação; a escolha dos temas das oficinas e do tema da festa sobre o tema dos transgênicos e agrotóxicos que dialogou com as mesas temáticas, com as atividades de preparação e com os atos públicos de denúncia realizados no último dia de programação.

Patac celebra 45 anos com ações em Campina Grande e no Semiárido

Semeando resistência e vida no semiárido! Com esse lema a entidade de assessoria técnica e sócio organizativa Patac festejará nesta sexta-feira, dia 11, seus 45 anos de existência e de trabalho ligados as questões sociais, urbanas e camponesas. O encontro com famílias agricultoras, parceiros, colaboradores e amigos acontecerá no Day Camp Hotel Fazenda, que está localizado no sítio Lucas, às margens da PB-138, em Campina Grande.

O evento será iniciado as 8h30 com uma mística e depoimentos de pessoas, representando comunidades e organizações apoiadas pelas ações do Patac ao longo da sua trajetória. Também contará com apresentações musicais, o artista local Bruno Barros e o Trio de Forró da cidade de Caraúbas, lançamento de um cordel comemorativo, de autoria do poeta popular Euzébio Cavalcanti. Ao final da manhã um almoço festivo será servido aos convidados.

16 de dezembro de 2015

Programa Cisternas pode sofrer mais cortes em 2016, nesta quarta-feira

Expectativa para 2016 é de continuidade da seca prolongada no Semiárido. Ações de convivência com a região – como a implementação de cisternas – têm sido fundamentais para enfrentar a estiagem.

Diversos programas sociais que ajudaram o País a superar a miséria e sair do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) e que transformaram a vida de milhares de famílias no Semiárido brasileiro podem sofrer cortes severos em 2016. Está em debate na Comissão Mista de Orçamento uma proposta de corte de R$ 10 bilhões no programa Bolsa Família, R$ 132 milhões no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e R$ 70 milhões no Programa Cisternas. A votação ocorrerá nesta quarta-feira (16).

25 de novembro de 2015

Escola Rural de Soledade recebe cisterna de jovem estudante de João Pessoa

“Uma cisterna no Semiárido não é uma mera construção, mas, uma cisterna no Semiárido é cheia de significados, por que água é vida e representa dignidade”. Foi com essas palavras que o Coordenador do Patac, Waldir Cordeiro, tentou descrever a emoção sentida pela comunidade Caiçara de Soledade, apoiada com a construção de uma cisterna de água de beber, através da ação da adolescente Camila Cristina Xavier Baptista, que abriu mão dos seus presentes da festa de 15 anos e pediu para que os convidados fizessem uma doação, em espécie, durante ofertório da missa solene do seu aniversário para que o recurso fosse utilizado para a construção de uma cisterna na Escola Municipal Januário Gonçalves da Silva, na zona rural do município.

23 de novembro de 2015

Criação de Raças Nativas é apontada como referência para Resiliência das Famílias Agricultoras no Semiárido

O resgate, a conservação e a valorização das raças nativas de animais do semiárido brasileiro, foi o grande compromisso assumido por todas as organizações que estiveram presentes no Seminário Raças Nativas na Agricultura Familiar Agroecológica, realizado nos últimos 17, 18 e 19 de novembro, no Santuário Padre Ibiapina, município de Arara, PB. O evento foi promovido pelo Núcleo de Extensão Rural Agroecológica – NERA, da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, em parceira com o Instituto de Assessoria a Cidadania e ao Desenvolvimento Local Sustentável – IDS e as organizações da Articulação do Semiárido Paraibano, como: o Coletivo das Organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Seridó e Curimataú, o PATAC, o Pólo Sindical da Borborema, a AS-PTA e o Coletivo ASA Cariri Oriental – CASACO.

Patac e MDA realizam parceria para execução de ATER Agroecologia

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lançou na tarde desta quinta-feira, 19, em Campina Grande, Paraíba, o ‘Plano Safra 2015/2016 Agricultura Familiar, Alimentos Saudáveis para o Brasil’. A solenidade aconteceu no auditório do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e foi presidida pelo Diretor do Departamento Técnico e Extensão Rural da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Marenilson Batista.

Na ocasião também foi realizado a assinatura de convênios e parcerias que serão realizados pelo MDA e entidades de assessoria, dentre estas, o Patac, para a execução do “ATER Agroecologia”. A entidade foi representada pela coordenadora, Glória Araújo, que assinou o termo de contrato com o Ministério, para execução das ações no território de atuação da organização, região do Cariri, Seridó e Curimataú.

Em sua fala, Glória que também é coordenadora da Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB) e membro da coordenação executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (Asa Brasil), destacou que é notório o avanço do plano no que diz respeito à produção de alimentos saudáveis, mas, além disso, disse que chama a atenção para a conquista das mulheres dentro do plano, que coloca 50% de mulheres atendidas em todas as chamadas públicas de ATER, 30% dos recursos de assistência técnica para atividades específicas e na Promoção da Cidadania e Inclusão Produtiva para mulheres.

Segundo a coordenadora do Patac, tudo isso é fruto de muitas lutas, dentre estas, a luta do Grupo de Trabalho (GT) de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). “Todas essas conquistas são frutos de muitas lutas de movimentos de mulheres nos vários cantos do Brasil, devemos a muitas organizações, como por exemplo, ao GT  de Mulheres da ANA. Para se trabalhar com todas essas questões é preciso dar visibilidade ao trabalho das mulheres e da juventude, então considero essa inovação extraordinária, os recursos aumentaram, mas a gente precisa que aumentem mais, por que nós sabemos que o Estado brasileiro, tem uma dívida com o semiárido, sobretudo, com a agricultura familiar camponesa.”

Em relação ao termo de contrato assinado entre o Patac e o MDA do ATER Agroecologia, ela coloca que 600 famílias, no território do Cariri, Seridó e Curimatú, serão apoiadas pelas ações, em 11 municípios, e garantiu que as ações de ATER serão integradas nas iniciativas que já estão em curso, como a produção de alimentos saudáveis através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), o Programa  Sementes do Semiárido e com o Pronaf, dentre outras.  Finalizou dizendo que “quando as políticas públicas nascem das iniciativas das populações, elas têm muito mais significado e maior capacidade de serem sustentadas”.

Também estiveram presentes à solenidade: representantes do Banco do Nordeste, da Secretaria Estadual da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, da Federação dos Trabalhadores/ras da Agricultura da Paraíba (Fetag), do Banco do Brasil e do Território da Borborema.

Conheça o Plano - O Plano, que será executado entre 2015 e 2016 concede para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) recursos para custeio e investimento a agricultores familiares e assentados da reforma agrária, estando distribuído da seguinte forma: R$ 28,9 bilhões para financiamento da produção, entre custeio e investimento; Taxas de juros de 2% a 5,5% ao ano para o agricultor familiar; Juros menores para o Semiárido, de 2% a 4,5%; Manutenção das taxas do microcrédito rural e dos créditos de estruturação produtiva na reforma agrária.

No que diz respeito à Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), 230 mil novas famílias de agricultores familiares serão atendidas, o foco será a  produção de base agroecológica, as famílias também receberão apoio na elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Em relação às mudas e sementes o documento rege o apoio ao fortalecimento da agricultura familiar no resgate, armazenamento e multiplicação de sementes e mudas; A ampliação da capacidade de multiplicação de sementes orgânicas e agroecológicas adaptadas aos territórios pela agricultura familiar e o lançamento de edital para compor parceria com os governos estaduais em seus programas de sementes e mudas.

No tema Juventude e Sucessão Rural está previsto uma ATER para 22,8 mil jovens em todo o Brasil, sendo 25% de jovens atendidos em todas as chamadas públicas de ATER, apoio à produção de empreendimentos econômicos da juventude rural com R$ 5 milhões destinados pelo BNDES em parceria com a Fundação Banco do Brasil e mais simplificação no acesso ao Pronaf Jovem.

Para as mulheres do campo serão concedidos, 50% de mulheres atendidas em todas as chamadas públicas de ATER; 30% dos recursos de assistência técnica para atividades específicas e na Promoção da Cidadania e Inclusão Produtiva, atendimento 100 mil mulheres  no Programa Nacional de Documentação e  250 mil documentos emitidos.

Para o Acesso ao Território estão previstos: Novos Decretos de Regularização de Territórios Quilombolas; 33,4 mil famílias indígenas, quilombolas, extrativistas, pescadores artesanais com atendimento de ATER;  R$ 2 milhões do Programa “Ecoforte Extrativismo” para empreendimentos econômicos coletivos sustentáveis na Amazônia em parceria com o BNDES e Fundação Banco do Brasil e  R$ 40 milhões para as populações extrativistas por meio do Programa de Garantia de Preços Mínimos de Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio).

E por fim, em relação ao Desenvolvimento Territorial e a Estratégia de Gestão Territorial do Plano Safra, estão previstos:  Gestão social do Plano Safra nos territórios para efetivação das políticas públicas e promoção da inclusão produtiva e com abrangência de  239 Territórios Rurais e da Cidadania.


19 de novembro de 2015

Agricultores/as realizam ato público em Juazeiro (BA) pelas ações de convivência com o Semiárido


Nesta terça-feira (17), agricultores e agricultoras familiares de todo o Semiárido se reuniram na Orla de Juazeiro (BA) para a realização de um ato público que teve como tema “Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos”, em defesa da continuidade e ampliação das ações de convivência com o Semiárido e pela urgência na revitalização do Rio São Francisco.

 O ato reuniu cerca de 20 mil pessoas vindas de todos os estados do Semiárido e foi uma realização da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Levante Popular da Juventude e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Décadas atrás a situação da seca no Semiárido brasileiro e a falta de políticas públicas de convivência eram os motivos de mortes de milhões de pessoas por sede e fome.  No entanto, essa é hoje uma realidade distante. Com a contribuição de ações e programas sociais como o Água para Todos e o Bolsa Família, 40 milhões de pessoas saíram da miséria e da indigência e hoje a região é reconhecido por sua beleza, resiliência, alta capacidade de inovação e produção de conhecimento e alimentos.

O ato reivindicou a necessidade de recursos para a continuidade dessas políticas importantes para a convivência com a região semiárida, que estão ameaçadas por conta da crise econômica e política. São ações descentralizadas como a implementação de cisternas de placas para captação de água da chuva para consumo humano e para produção de alimentos, Bolsa Família, acesso a créditos, Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Seguro Safra e o Bolsa Estiagem.

Atualmente, quase um milhão de famílias têm água de qualidade para beber ao lado de casa, através das cisternas de placas; cerca de 120 mil famílias podem produzir alimentos com água garantida através das diversas tecnologias sociais. Mas o número de tecnologias de captação de água de chuva ainda não é o suficiente para beneficiar todas as famílias que residem na região, sobretudo porque há cinco anos, a população enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos. Atualmente, as metas para implementação dessas tecnologias são menores, se comparadas a alguns anos anteriores, e mesmo o contratado não consegue ser implementado, pois não há recursos nos Ministérios. O número de tecnologias de acesso à água construídas até agora é o menor dos últimos anos.

A agricultora Juvani de Almeida destaca os benefícios e importância das tecnologias de captação e armazenamento de água. “Quando a gente não tinha a cisterna de placas a gente sofria bastante com lata d’água na cabeça. Aí essas cisternas chegaram, a gente tem uma água de qualidade e ninguém mais ouviu falar em cólera. O meu desejo é que continue vindo cisterna para quem não tem”, diz.

O ato público também alertou para a urgência na revitalização do Rio São Francisco, importante para a população do Semiárido brasileiro. As chuvas cada vez mais escassas têm contribuído para que barragens e açudes que abasteciam milhares de pessoas entrassem em colapso, a exemplo da Barragem de Sobradinho, no Submédio São Francisco, que segundo dados da Agencia Nacional das de Águas (ANA) opera com apenas 2,66% de sua capacidade. O resultado das diversas ações humanas de degradação, que visam a lógica econômica em detrimento da preservação ambiental e da população ribeirinha dos rios brasileiros, atrelada ao assoreamento e ao uso irracional da água tem afetado diretamente o Rio São Francisco que abastece municípios do norte de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.


Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos!

No momento em que milhares de pessoas do Brasil e de outros países estão reunidas na capital federal discutindo a construção de políticas que garantam a Comida de Verdade no Campo e na Cidade, por ocasião da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, foi lançado o documento “Semiárido Vivo, nenhum direito a menos” assinado pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR-NE) e Levante Popular da Juventude.

O documento tem como principal foco a continuidade e ampliação das políticas públicas sociais que, nos últimos 12 anos, têm garantindo uma transformação na vida de milhares de pessoas e que estão comprometidas atualmente por conta da crise econômica e política. Entre essas ações, destaca-se o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que sofreu cortes de 65% do orçamento previsto para 2015 e o Programa Cisternas que também sofreu cortes severos este ano. Pra se ter uma ideia, o número de tecnologias de captação de água de chuva construídas até agora é o menor em 12 anos.

A diminuição destas e outras ações de convivência com o Semiárido, associadas a outros fatores como a possibilidade de mais três anos de seca, pode indicar a volta de uma realidade de miséria e fome que, por muitos anos, perdurou no Semiárido. “A paralisação dessas ações compromete os direitos dos mais pobres, entre eles, o direito à segurança alimentar”, alerta o documento.

De acordo com o coordenador da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e representante da ASA no Consea, Naidison Baptista, a expectativa é que o documento informe aos participantes a situação atual do Semiárido e que a Conferência possa contribuir na construção das políticas de convivência com a região. “A 5ª Conferência é um espaço de debate e construção de políticas e o processo de construção da política se faz na crítica e no elogio das iniciativas existentes”, afirma Naidison.


Como ação concreta, as organizações que assinam a carta defendem um conjunto de medidas distribuída em 4 linhas de ação tais como a intensificação das ações de cisternas de água para consumo humano e para produção, a revitalização do Rio São Francisco, o assentamento imediato de todas as famílias acampadas, a suspensão da PEC 215 – que transfere do Executivo para o Legislativo a definição da demarcação das terras indígenas- – a execução do Programa Camponês construído pela Via Campesina junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a execução do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO) e efetiva implementação do PLANAPO 2 e a implementação e dinamização dos quintais produtivos, conduzidos pelas mulheres, e na perspectiva da produção de alimentos saudáveis.

18 de novembro de 2015

O Aboio dos Vaqueiros Paraibanos dá início ao Seminário de Raças Nativas

Nesta terça-feira, 17.11, foi dado início o Seminário Raças Nativas na Agricultura Familiar Agroecológica no Santuário Padre Ibiapina, município de Arara, PB. Vestidos com os trajes típicos de couro, a família de vaqueiro Galo Preto, entrou no auditório aboiando e tocando seus chocalhos, emocionando as cerca de 100 pessoas que participam do Seminário.

O Seminário também faz parte das atividades da Red Combiand, uma articulação ibero-americana que reúne pesquisadores de cerca de vinte países que estudam raças nativas e adaptadas para o desenvolvimento sustentável. Dois pesquisadores da Red estão presentes no encontro, Maria Esperanza Camacho, pesquisadora do Instituto Andaluz de Investigación y Formación Agraria y Pesquera, juntamente com Juan Vicent Delgado Bermejo, pesquisador da Universidad de Córdoba.

17 de novembro de 2015

Seminário discutirá o papel das Raças Nativas de Animais para a Agricultura Familiar Agroecológica



Acontecerá de 17 a 19 de novembro, no Santuário Santa Fé de Padre Ibiapina em Arara-PB, o Seminário “Raças Nativas na Agricultura Familiar Agroecológica”, realizado por um conjunto de entidades de promoção da agricultura familiar agroecológica organizadas em torno da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) e da Rede de Cooperativas de ATES, presente em sete microrregiões do estado.

O evento vai reunir um público de 80 pessoas entre lideranças e famílias agricultoras criadoras de raças nativas, assessores técnicos, estudantes, professores e pesquisadores da temática além de outros convidados locais e internacionais.

13 de novembro de 2015

Asa participa de solenidade de transmissão de cargo da diretoria do Insa

Em solenidade bastante prestigiada na tarde desta quinta-feira, 12, aconteceu a transmissão de cargo de diretor do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em Campina Grande, Paraíba. O evento realizou-se no auditório da sede do órgão e reuniu os movimentos sociais, representantes dos governos estadual e federal e organizações ligadas ao Semiárido.

Na ocasião o engenheiro agrícola, pesquisador e professor, Salomão Medeiros, recebeu do professor Ignácio Hernán Salcedo, antigo diretor, as boas vindas para assumir a gestão administrativa e política do órgão.

A Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB) foi representada pela coordenadora, Glória Araújo, que também é membro da coordenação executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (Asa Brasil).
Em sua fala, Glória ressaltou a importância da união de forças entre os povos, a academia  e demais instituições para a transformação do Semiárido. Ela disse que a simplicidade e sensibilidade do antigo diretor (Salcedo) fez a diferença na gestão do Insa nos últimos quatro anos. “A sua história sempre foi baseada pelo diálogo e nada é mais importante para construção do conhecimento do que o diálogo entre os saberes populares e o conhecimento científico na perspectiva do conhecimento do nosso Semiárido”.

Sobre as transformações desejadas para o Semiárido, a representante das Asa’s disse que não se chega a nenhuma conquista se não se fizer uma aliança entre as organizações da sociedade, a luta dos povos e a academia.

Sobre o momento político, os ajustes fiscais e a especulação de que o Insa possa se transforma em coordenadoria de biomas, ela disse que é preciso se fazer uma reflexão sobre a trajetória do Insa nesses quatros anos.

“O Insa tem vida e já é um patrimônio do Semiárido brasileiro e nós vamos lutar por ele com muita força, por que aqui não só se produz ciência viva, aqui se produz ciência da vida, ciência que respeita a natureza, que está em harmonia com as pessoas que aqui moram e vivem camponesas e camponeses. O Semiárido não é só bioma, aqui moram pessoas no campo e na cidade, o Estado brasileiro tem uma dívida com esse povo. Como é que um ajuste fiscal vai tirar de onde já se tem uma dívida,  tem que tirar das grandes fortunas. Nos últimos 12 anos muita coisa evoluiu no Semiárido brasileiro, foi um das regiões que mais evoluiu nesse país é por isso que nossa luta não pode parar”, disse Glória.


Finalizando saudou novo diretor e ressaltou que a gestão de Salomão é fruto de muitas lutas, de pessoas e organizações que estão na perspectiva de construir um país melhor  “você nos representa e nós vamos lutar juntos para que o Insa não pare aqui”. 

27 de outubro de 2015

“Uma Câmera na mão e uma ideia na Cabeça”: Roteiro e Edição de vídeo são temas de oficina do Cinema Nosso em Pedra Lavrada

O Cinema Nosso junto ao Grupo de Trabalho (GT) de Juventude do Coletivo Cariri, Seridó e Curimataú e o  Patac realizaram na última semana, mais precisamente nos dias, 19 e 20,  uma oficina  sobre roteiro e edição de vídeo em Pedra Lavrada, na comunidade Canoa de Dentro.

A atividade fez parte da continuação do trabalho realizado no mês de junho deste ano (2015) quando cerca de 60 jovens participaram do Curso Narrativas e Linguagem Audiovisual  que deixou como frutos os curtas “Logo Ali” e  “Cumade  Fulozinha e a Volta do Filho da Terra” gravados respectivamente em Juazeirinho (Sussuarana ) e Pedra Lavrada ( Canoa de Dentro).

19 de outubro de 2015

Agricultores e agricultoras realizam trocas de sementes na Feira da VI Festa Estadual das Sementes da Paixão

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A VI Festa Estadual das Sementes da Paixão foi encerada nesta sexta-feira (16), com a Feira Estadual das Sementes da Paixão. A feira iniciou com o acolhimento das caravanas, ao som de muito forró, na Praça Clementino Procópio no centro de Campina Grande. Estavam presentes cerca de 900 agricultores e agricultoras guardiões de sementes de todo o semiárido brasileiro.

Em seguida, representantes da articulação do Semiárido falaram um pouco sobre a importância da feira e das sementes da paixão para o povo do semiárido. “Agricultores e Agricultoras de todo o semiárido brasileiro estiveram reunidos durante esses três dias discutindo suas conquistas e levantando os desafios para continuar a luta, a favor de uma comida livre de transgênicos e agrotóxicos, livre da dominação e exploração das mulheres, uma garantia através das sementes da paixão”, disse Madalena Medeiros da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA Paraíba). A coordenadora da ASA Paraíba, Maria da Glória Batista também falou sobre o papel que as políticas públicas de conivência com o semiárido têm desempenhado para a o fortalecimento da segurança e soberania alimentar.

Durante a feira os guardiões e guardiãs tiveram a oportunidade de fazer a troca de suas sementes, um momento de partilha de conhecimento e experiências. Para o agricultor Raimundo da Silva do Assentamento José Antônio Eufrouzino, município de Campina Grande, a feira foi um momento muito importante para troca de saberes. “Há dez anos que eu guardo minhas sementes da paixão, hoje eu tenho uma grande variedade, tenho milho branco, milho Jaboatão, milho preto, milho pontinha, feijão carrapatinho e com essa variedade eu tenho a garantia de que minha família consome uma comida saudável, falou o agricultor Raimundo que também realizou a troca das sementes do feijão carrapatinho por fava. “Eu não tinha essa semente de fava e nos próximos anos eu já vou trocar um pouco dessa semente de fava com outro agricultor, isso tudo é muito bom” afirmou.

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A agricultora Raimunda Soares Costa, 58 anos, da comunidade Tacima região do Curimataú Paraibano, também falou sobre a importância da troca de sementes.“Aqui a gente coloca em prática o que gente luta e vivencia. A troca de sementes é uma convivência entre os agricultores para não perder as sementes da paixão, é a semente que alimenta nosso povo e a gente precisar dar continuidade a ela”, falou Raimunda. Durante a feira, os agricultores também realizaram o teste de transgênia em suas sementes para se certificarem que suas sementes realmente estão livres dos transgênicos.
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Além da troca de sementes os agricultores e agricultoras também comercializaram seus produtos, entre eles as mudas de plantas medicinais, artesanatos, frutas, verduras, legumes, bolos, canjicas, doces, iogurtes e tapiocas. O grupo de mulheres do Assentamento Socorro, da cidade de Areia, produzem bolos, doces e brigadeiros, todos feitos com banana, mas a novidade produzida pelo grupo “Doces Socorro” é banana chips, um salgado feito com banana verde e sal. “A gente começou a produzir a banana chips depois de uma curso lá na comunidade, ele tem o sabor de um salgado de batata e as pessoas gostam muito”, afirmou a integrante Josefa Teixeira.

A feira encerrou com uma benção inter religiosa com representantes de praticantes de diversas religiões. A água, as sementes, a terra e a palma foram alguns elementos utilizados na benção para simbolizar a importância das sementes da paixão para as diversas comunidades, elementos que são essenciais para que a semente cresça e germine, garantindo alimento saudáveis as famílias agricultoras.

16 de outubro de 2015

Conjunto de Oficinas temáticas integra as atividades de formação da VI Festa Estadual das Sementes da Paixão

Como parte integrante das atividades da VI Festa Estadual das Sementes da Paixão, ocorreu na manhã de quinta-feira (15), diversas oficinas temáticas, no sentido de ampliar a formação das famílias agricultoras e definir orientações para o melhoramento do trabalho dos Bancos de Sementes Comunitários.
No total foram sete oficinas sobre: Gestão, Organização e Armazenamento das sementes nos Bancos de Sementes Comunitários (BSC); Integrando as sementes florestais e frutíferas nos BSC; Produção, Seleção das Sementes; Sementes dos animais; Produção das sementes de hortaliças; Beneficiamento de frutas nativas e adaptadas e Bancos de Germoplasma.
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Cada oficina contou com a apresentação de uma experiência local e uma experiência vinda de fora. A exemplo da Oficina “Integrando as sementes florestais e frutíferas nos BSC” Com o objetivo de socializar conhecimentos de manejo, plantio, colheita, armazenamento das sementes florestais e frutíferas, jovens coletores de sementes florestais da região do Polo da Borborema na Paraíba e integrantes do Povo Xucurus do Ororubá do Estado de Pernambuco, compartilharam suas experiências.
Criada em 2010, a rede de viveiros do Polo da Borborema tem hoje nove viveiros ativos. “Estes viveiros facilitam o acesso das famílias agricultoras às sementes para o reflorestamento de suas propriedades e para toda a comunidade” afirma Monica Lourenço, jovem coletora integrante da rede.  A jovem afirma que a partir da identificação de municípios onde já não existia determinada espécie de planta, perceberam a necessidade de criar a rede de coletores.
“A rede de coletores foi criada em 2012, com a participação dos jovens. No começo o grupo não sabia a época de coletar ou como coletar. Foi a partir daí que pensamos em uma cartilha de calendário de coleta e construímos ela a partir das experiências de cada município. A juventude se reúne periodicamente e faz a coleta. Após a coleta, as sementes são encaminhadas para os viveiros. Atualmente já tem jovem adquirindo uma renda extra comercializando as mudas cultivadas”, explicou Mônica, moradora do Assentamento Caiana em Massaranduba.
A agricultora coletora Josefa Miranda dos Santos também deixou seu depoimento durante a oficina: “Sou coletora de sementes. Faço reflorestamento no meu sítio, tenho uma matinha e cerca viva. Eu planto espécies nativas. Esse trabalho de coleta é muito importante, porque lá na mata talvez tenha uma árvore que esteja em extinção e você vai colher, repassar pra outros agricultores que podem plantar em suas propriedades. Então a gente ta preservando a natureza, as árvores, mas vai chegar um tempo que nossos netos e bisnetos não terão a oportunidade de conhecer. Temos que preservar a natureza e a flora, pois você vê que tem muito desmate. Vamos dar as mãos e vamos abraçar essa causa que é muito importante. Vamos dar vida à mãe terra, pois ela ta precisando muito da gente”, disse dona Josefa.
Ressaltando a importância do princípio da espiritualidade e reconexão com a natureza os Povos Xucurus iniciaram sua apresentação com um toré. Nele uma frase se destaca “Quem quiser ver a ciência, vai na mata procurar… Achei um castelo de ouro, lá na mata de Orubá”.
De forma resumida, os indígenas expressaram um pouco de seus conhecimentos, mas deixado sempre uma provocação ao fundo. Segundo ele, para avançarmos enquanto sociedade, enquanto ciência, precisamos nos reconectar com nossa espiritualidade, ou seja, com nossa própria natureza: “O povo é um território que não é só físico, é político e espiritual. A espiritualidade é a base de tudo. Esse conjunto de conhecimento vem desse dialogo com a natureza. É outro tempo é outra compreensão é outra forma de agir, esse mundo dos encantados é que orienta e referenda. Precisamos estar sempre em contato com esses outros seres”, afirmou Iram Xucuru, integrante do grupo.
O povo Xucuru habita a Serra de Ororubá, no município de Pesqueira, Pernambuco. Atualmente estão em aproximadamente 15 mil pessoas. Iram, falou ainda sobre a luta de seu povo pelo reconhecimento dos seus direitos, enquanto indígenas, agricultores e humanos. “As politicas públicas ignoram as diversidades, generalizam tudo e todos, sem considerar o contexto histórico de cada povo, esvaziando a cultura e os conhecimentos históricos de cada povo. Precisamos fortalecer e cultivar esses conhecimentos”, disse Iram.
Entre as lições transmitidas durante a oficina destacaram-se: A importância do trabalho em rede, com o olhar para as demandas que compõe o território; a conservação das sementes florestais e frutíferas; a valorização da troca e conhecimentos. O grupo ainda se comprometeu em analisar os impactos que estamos causando na natureza, com o desmatamento e descarte de materiais; ampliar a capacidade de estoque de sementes para integrar as sementes florestais e frutíferas nos Bancos de Sementes Comunitários; como ainda, melhorar a forma de armazenamento das sementes, além de outros compromissos.
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Socialização – No início da tarde, uma dupla de representantes de cada oficina apresentou os resultados das discussões ocorridas na parte da manhã. Um dos principais elementos que se repetiu na maioria das discussões foi a importância do papel das mulheres e jovens na conservação das sementes da paixão, seja esta a semente animal, das plantas medicinais, das sementes de plantio, frutíferas ou florestais, dos conhecimentos e da cultura camponesa.
Além disso, o compromisso marcado por todos foi reafirmado no fim das apresentações, dar continuidade aos processos de fortalecimento das ações que estão sendo desenvolvidas na perspectiva de resistência e da vida no semiárido.
Por fim, a palavra de ordem que ecoou na plenária foi a seguinte: “É no Semiárido que a vida pulsa! É no Semiárido que as Sementes Resistem!”.

9 de outubro de 2015

Juventude da Articulação do Semiárido Paraibano realiza ato público alertando sobre os transgênicos

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Cerca de 30 jovens camponeses de várias regiões da Paraíba participaram nessa quinta-feira (08) em Campina Grande de um ato contra os transgênicos e o fim da rotulagem de alimentos. A atividade é parte da preparação para a VI Festa Estadual das Sementes da Paixão, que acontece na região do Polo da Borborema entre os dias 14 e 16 de outubro.

Reunidos na praça Clementino Procópio, eles participara antes de uma roda de conversa que discutiu a importância do combate aos transgênicos, assim como a ameaça da proposta do fim da rotulagem das embalagens dos alimentos. O projeto 34/2015, a ser votado nos próximos meses, veta a rotulagem desses produtos, privando a sociedade ao direto de informação sobre os alimentos que ele consome.

Com panfletos, adesivos, faixas e cartazes os jovens percorreram o centro de Campina Grande, dialogando e informando a comunidade sobre os riscos do consumo de alimentos transgênicos. Pesquisas mostram que o consumo desses produtos pode fazer mal à saúde e que o plantio dessas sementes pode afetar o meio ambiente, já que essas plantações recebem altos níveis de agrotóxicos.

Ao final da manhã, reunidos no local do início do ato, os participantes fizeram um balanço sobre a ação e afirmaram a necessidade de dar continuidade a essa ação também em seus municípios. Por fim, antes de dispersarem os jovens reafirmaram o seu compromisso de guardiões gritando juntos: “Contra os transgênicos, Sementes da Paixão!”


Fonte: https://festasementedapaixao.wordpress.com/2015/10/08/juventude-da-articulacao-do-semiarido-paraibano-realiza-panfletagem-e-adesivagem-alertando-sobre-os-riscos-dos-transgenicos/

7 de outubro de 2015

Articulação do Semiárido Paraibano realiza VI Festa Estadual das Sementes da Paixão na Semana Mundial da Alimentação

A Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) realizará entre os dias 14 e 16 de outubro, dentro da Semana Mundial da Alimentação, a VI Festa Estadual das Sementes da Paixão. Com o tema: “Agricultura Familiar guardiã da sociobiodiversidade, pela soberania alimentar, livre de transgênicos e agrotóxicos”, o evento acontecerá no Santuário de Padre Ibiapina Santa Fé, município de Arara, no Curimataú Paraibano, em seus dois primeiros dias, no último dia, a programação do evento ocorrerá em Campina Grande-PB, na Praça Clementino Procópio, com uma Feira Estadual de Sementes no dia 16 de outubro, sexta-feira, Dia Mundial da Alimentação.

22 de setembro de 2015

Famílias Agricultoras comemoram 1º aniversário das Feiras Agroecológicas da região do Cariri, Seridó e Curimataú

Produzir alimentos saudáveis, sem o uso de agrotóxicos, no quintal de casa e em convivência com o fenômeno de estiagem que atinge a região do Semiárido, tem sido o desafio das famílias que vivem da agricultura familiar que tem como base a Agroecologia. É nesta perspectiva que as famílias agricultoras do território do Cariri, Seridó e Curimataú buscam com muita resistência, incentivar o consumo desses alimentos e a promoção da qualidade de vida e da segurança alimentar e nutricional das famílias da região.

Para tanto, realizam 4 feiras da agricultura familiar  nos municípios de Soledade, Tenório, Juazeirinho e Cubatí e para comemorar o aniversário de um 1 ano da comercialização do excedente da produção e do consumo desses alimentos, celebrarão no próximo dia 23 (quarta-feira),  em Soledade,  um grande encontro que reunirá as famílias da  região, consumidores e  parceiros para comemorar este momento. O evento conta com a realização do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar em parceria com a entidade de assessoria técnica e sócio-organizativa Patac. Também será comemorado os 7 anos da Bodega Agroecológica do Coletivo, primeiro espaço de comercialização desses produtos neste território.

Uma grande feira será montada na Praça José de Melo, no centro de Soledade, a partir das 6h, onde as pessoas poderão encontrar: Hortaliças, doces, bolos, polpas de frutas da região, galinha de capoeira, ovos, massas de milho (fuba e farinha), queijos, salgados integral, manteiga da terra, tapioca, mudas, artesanato, dentre outros produtos da agricultura familiar. O evento também contará com apresentações culturais e uma rádio interativa, e será finalizado com a partilha de um grande bolo, produzido pelas mulheres agricultoras da região que será degustado pelos participantes.

Segundo a agricultora, Maria Betânia Buriti, do município de Pedra Lavrada, esse momento de comemoração representa a valorização dos agricultores e agricultoras e está mostrando uma realidade diferente do que normalmente a mídia e outros setores da sociedade retratam sobre o Semiárido, que são informações pessimistas e imagens de um cenário de morte, seco e sem produção. “Comemorar a realização das feiras é reafirmar que as famílias agricultoras têm garantido a produção para o consumo familiar e comercialização, prezando pela sua soberania, segurança e qualidade, mesmo diante de grandes ameaças e desafios”.


A produção de alimentos saudáveis no quintal de casa é uma política de convivência incentivada pela a Articulação Semiárido Brasileiro (Asa Brasil) e Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB) através dos programas de acesso água, Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC) e Programa uma Terra e Duas Águas (P1+2), ambos prevê a construção de cisternas e implementações (Barragens, Cisternas-Calçadão, Cisternas de Enxurradas, Barreiros Trincheiras, etc.) para capitação de água de beber e para produzir, respectivamente, estimulado por um processo de formação sociopolítico realizado com as famílias. Neste território cerca de 7 mil famílias já foram apoiadas com essas tecnologias. 

18 de setembro de 2015

Juventude Camponesa se destaca em produções audiovisuais

A oficina de Cinema realizada com o Grupo de Trabalho da Juventude (GT de Juventude) na Região do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar em parceria com o Patac e o Cinema Nosso, através do Projeto Brasil 3.0, que busca democratizar o audiovisual e construir narrativas que conectem campo, floresta e cidade começou a revelar os talentos para as produções cinematográficas, até então, escondidos no Semiárido.

Os dois curtas (“Cumade Fulozinha e a Volta do Filho da Terra”; e o “Logo Ali”) produzidos pelos jovens que participaram da oficina, que foi realizada no mês de junho desse ano (2015) já mereceram lugares de destaque na trajetória de seleções do Cinema Nosso. Da equipe de produção do primeiro filme, que teve como cenário a comunidade Canoa de Dentro, em Pedra Lavrada, dois novos roteiros já foram escolhidos através do Concurso de Roteiros Brasil 3.0, o primeiro é o do jovem Alyssom Queiroz intitulado de "Canoa de Fora: um naufrágio da comunicação manipuladora", já o segundo intitulado de “O que nos espera no futuro?” foi desenvolvido pelo jovem Wellington Gomes. As películas serão desenvolvidas e produzidas com um apoio de R$ 1.000,00 e terão como protagonistas da produção, do elenco e da edição os meninos e meninas camponeses/sas da região.

25 de agosto de 2015

Articulação Semiárido Brasileiro (Asa Brasil) lança novo portal

Informações sobre região semiárida brasileira e tecnologias sociais de acesso à água podem ser encontradas no novo portal

A partir desta quarta-feira (26) quem acessar o endereço www.asabrasil.org.br vai encontrar um novo espaço de informações sobre o Semiárido. É que a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) colocará no ar seu novo portal na internet.

A ASA é uma rede formada por mais de três mil organizações que trabalham pelo desenvolvimento da região semiárida brasileira. O objetivo com seu novo portal é trazer informações institucionais, acerca dos projetos desenvolvidos pela rede, mas também conteúdo que visibilize o potencial da região e as diversas histórias de vida agricultoras e agricultores.

20 de agosto de 2015

ASA PB participa da 5ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional


A Articulação do Semiárido Paraibano (ASA PB) realizou na última quarta-feira, dia 19, um encontro preparatório para a 5ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), cujo lema é “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”.

A conferência está sendo realizada nesta quinta (20) e sexta (21), em João Pessoa, no Espaço Cultural, cerca de 500 pessoas irão participar como delegados (as) e como convidados (as).

O momento de formação realizado pela ASA PB reuniu representantes dos diversos territórios (Cariris, Folia, Casaco, Alto e Médio Sertão, Curimataú, Borborema e  Brejo) envolvidos na dinâmica da Rede e que participarão da conferência.

Uma atividade de reflexão sobre a importância da participação da ASA em uma Conferência de (SAN) foi realizada com os participantes que enumeraram diversos eixos que norteiam as ações direcionadas a alimentação saudável e segura, que estão relacionados ao acesso a água e a produção de alimentos nos quintais produtivos.

Em seguida, uma breve análise de conjuntura desenhou o cenário político e econômico atual e as interferências do grande capital que ameaçam as políticas públicas conquistadas pelas famílias agricultoras de base agroecológica. Um importante debate diferenciou termos como orgânicos, agronegócio e agroecologia, chamando a atenção dos participantes para a construção adequada do uso de cada palavra na política de convivência com o Semiárido.

Encerrando este momento foram realizados trabalhos em grupos onde foram aprofundados os eixos que direcionam a conferência, Eixo 1: Comida de Verdade: Avanços e obstáculos para  a conquista da alimentação adequada e saudável e de soberania alimentar; Eixo 2: Dinâmicas em curso, escolhas estratégicas  e alcances da política pública; Eixo 3: Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.



Registro histórico - Irmão Urbano e Naidison

Irmão Urbano e Naidison, figuras que têm contribuído para um Semiárido mais feliz e com vida digna para agricultura familiar camponesa!

18 de agosto de 2015

“Olha Brasília está florida, chegaram às decididas! Olha Brasília está florida, é o querer, é o querer das Margaridas!”

A 5ª Marcha das Margaridas, reuniu aproximadamente 100 mil manifestantes, o movimento colocou na rua mulheres trabalhadoras do campo, indígenas, quilombolas e sindicalistas. Chegando à Esplanada dos Ministérios, as Margaridas e Margaridos deram um abraço simbólico aos ministérios.

Na ocasião, as mulheres e homens de todo Brasil, se manifestaram contra impeachment da presidenta Dilma e aproveitaram o momento para “gritar” contra as manobras golpistas, no qual tentam impor o imperialismo brasileiro e o seu projeto de poder.


O caderno de pautas da 5ª Marcha das Margaridas foi entregue ao governo no começo de julho e foi respondida no encerramento da marcha, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, no Estádio Mané Garrincha.

As mulheres rurais entregaram junto com a pauta o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural, onde reivindicam a chegada de unidades móveis de combate à violência contra a mulher no campo.

A Marcha das Margaridas em 15 anos vem promovendo encontros de debate políticos em defesa dos direitos das mulheres.

A Articulação Semiárido Brasileiro (Asa Brasil) também marchou junto as mulheres do semiárido em busca de mais políticas públicas e seguridade de direitos das mulheres do campo.

Discurso da presidenta da República, Dilma Rousseff, durante ato de encerramento da 5ª edição da Marcha das Margaridas - Brasília/DF


Estádio Mané Garrincha - Brasília/DF, 12 de agosto de 2015

Cumprimento as margaridas do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste. As margaridas, extrativistas, pescadoras, quebradeiras de coco, ribeirinhas, quilombolas e indígenas. As margaridas trabalhadoras rurais, assentadas da reforma agrária, agricultoras familiares, que honram a luta da Margarida Alves. Quero também lamentar aqui o falecimento da Maria Pureza, do Sergipe, e a Maria Alzenira, do Piauí. Duas margaridas que nos deixaram.

4 de agosto de 2015

Em clima de muita alegria e celebração Casaco encerra 7ª Festa da Agricultura Familiar

Uma mistura de alegria, feira, artesanato, teatro, comunicação e sabedorias populares compôs o último dia da 7ª Festa da Agricultura Familiar do Cariri Oriental Paraibano, no município de Caraúbas, no último sábado, dia 1º de agosto.

A recepção dos que chegavam foi a feira de saberes e sabores instalada no centro da cidade, em frente ao mercado público, sugerindo um cenário típico das tradicionais feiras do Nordeste.

Diante da rica variedade de hortaliças, doces, bolos e artesanatos só restava parar e olhar minuciosamente cada detalhe.

31 de julho de 2015

Secretária executiva do MDA visita comunidades rurais no Seridó paraibano

Um momento de troca de saberes, marcado por depoimentos emocionados e cheios de esperança das agricultoras e agricultores presentes. Foi assim o cenário da visita realizada pela secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho, nesta quinta-feira, 30, as comunidades de Alto do Umbuzeiro e Santa Cruz em São Vicente do Seridó.

As comunidades visitadas fazem parte do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar que por sua vez pertence a  Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB) e da Articulação Semiárido Brasileiro  (Asa Brasil) que  realiza um trabalho em rede com famílias agricultoras na perspectiva da agroecologia, através da entidade de assessoria técnica e sócio-organizativa Patac.

Mística e Animação fazem parte da 7ª Festa da Agricultura Familiar do Cariri Oriental

Na manhã de hoje, 31.07, foi dado início a 7ª Festa da Agricultura Familiar do Cariri Oriental Paraibano, no município de Caraúbas, microrregião do Cariri Oriental do estado. A festa foi iniciada com uma bela mística e conta com a participação de cerca de 150 agricultores/as da região e convidados.

Após a abertura o Prof. Rodrigo Machado, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e integrante do Núcleo de Extensão Rural em Agroecologia (NERA) ministrou uma palestra sobre manejo e conservação do solo em unidades familiares.

Organizações comemoram a volta do CONSEA com banquetaço em Campina Grande

Um conjunto de organizações que atuam na promoção do direito humano à alimentação realizará no dia 27 de fevereiro, segunda-feira, um ‘Banqu...