8 de abril de 2016

Análise de Conjuntura com Professor Jonas Duarte reúne agricultores do Semiárido Paraibano


“Tudo vem da terra. Qual a função do agricultor? Cultivar a terra. Eles são a alma do planeta”. Foi com esse discurso que o professor Jonas Duarte, do Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), iniciou sua fala, durante o encontro para análise de conjuntura política do Coletivo Regional, ocorrido nesta quarta-feira (06), na câmara municipal da cidade de Soledade, no cariri Paraibano.

Na sua fala, o Prof. Jonas afirmou sobre a desinformação fomentada pela academia sobre as tecnologias do campo que na grande maioria das vezes a universidade e os financiadores bancários, orientam ações equivocadas para os pequenos camponeses, em função exclusivamente do lucro, e em benefício dos interesses do agronegócio. 

Durante cerca de 2 horas cerca de 50 pessoas participaram de uma análise sobre a situação política atual do Brasil. Através de um resgate resumido da história do país, desde a sua colonização, os participantes puderam perceber resquícios de uma história de exploração do trabalho escravo e dos recursos naturais do território brasileiro, que continua se mantendo e se reproduzindo através de diversas roupagens, até os dias de hoje. Favorecendo exclusivamente o desenvolvimento do sistema capitalista nos países da Europa e da América do Norte. 

Com isso, Jonas afirma que o Brasil é um pais que se estruturou através de uma sociedade de super exploração da força de trabalho. Todas as movimentações que aconteceram, durante esse tempo, com o objetivo de mudar essa realidade, foram abortadas, a exemplo de 1964 a 1975, período da ditadura militar no país. 

Nesse diálogo o Prof. Jonas explicou de forma simples e didática o que significa o termo tão falado nos noticiários da mídia nesses últimos tempos, a chamada “Pedalada fiscal”, e por qual motivo isso não justifica a solicitação de impeachment da presidente Dilma. 

Essa não é a primeira vez que um governo pensa e agi a favor da classe trabalhadora. Durante o governo de Getúlio Vargas, algumas ações, que não eram socialistas, mas traziam alguns benefícios aos trabalhadores e favoreciam o desenvolvimento do sistema capitalista interno, foi rejeitado pelo capital estrangeiro (que domina até hoje o país), e assim foi retirado (a força) do governo. 

Os participantes interagiram com o debate demonstrando indignação com a atuação situação do país e criticando a forma como a mídia tem manipulado a opinião das pessoas sobre esse debate. 

“Nossa luta é tanto fora, quanto dentro de casa. Nossos familiares muitas vezes não têm compreensão sobre esse debate e isso gera dificuldade de dialogar. Precisamos dialogar e ter compreensão do que está acontecendo, ter elementos para fazer esse debate. Temos que ter o olhar crítico e perceber que os jornalistas estão defendendo os interesses de quem está financiando as empresa onde eles trabalham”, afirmou Alidiane, jovem agricultora da região do Cariri.

Como no período que antecedeu o golpe de 64, existe uma forte atuação da mídia burguesa no sentido de ter o apoio do povo nas manobras golpistas que estão sendo efetivadas. Toda essa movimentação pelo Golpe é um atentado a democracia. Por isso a necessidade de informar a população em geral o que realmente está acontecendo na política do país atualmente.

No período da tarde os participantes assistiram ao vídeo Levante sua Voz e ainda participaram de outro momento de discussão sobre o papel das oligarquias midiáticas e ações que obstruem direitos fundamentais presentes em nossa constituição desde a colonização desse país.

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