24 de fevereiro de 2023

Organizações comemoram a volta do CONSEA com banquetaço em Campina Grande

Um conjunto de organizações que atuam na promoção do direito humano à alimentação realizará no dia 27 de fevereiro, segunda-feira, um ‘Banquetaço’ na Praça da Bandeira, centro de Campina Grande-PB, das 10h às 12h. A atividade é uma mobilização social que visa marcar a volta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA e chamar a atenção da sociedade para a problemática da fome.
Durante a manifestação, que acontece simultaneamente em diversos estados do país, serão servidos alimentos doados pelas famílias agricultoras de base agroecológica e entidades organizadoras, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o CONSEA, importante estrutura institucional de participação social que atua na criação, implementação e monitoramento das políticas públicas de soberania e segurança alimentar e nutricional. A programação terá início com ato público e apresentação da cantora Savanna Aires. Ao meio dia, quem estiver no local poderá se servir dos alimentos agroecológicos oferecidos no banquete. Em Campina Grande, o evento é promovido pelo CONSEA PB, Fórum Paraibano de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional – FPBSSAN, organizações que integram a Articulação do Semiárido Paraibano – ASA Paraíba e Universidade Estadual da Paraíba. O BANQUETAÇO é uma ferramenta de ação política no formato de banquetes públicos, intervenções artísticas e promoção de debates sobre a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional para todas as pessoas e o papel fundamental do CONSEA no contexto alimentar do Brasil. O CONSEA é formado por representantes da sociedade civil e do governo, um órgão criado em 1993 que presta consultoria direta ao presidente da República com relação a diversos temas relacionados à saúde e alimentação, atuando em temas como o combate à fome, alimentação saudável, merenda escolar, agricultura familiar, presença de agrotóxicos ou de componentes geneticamente modificados em alimentos, estão entre os assuntos. Ao longo de sua atuação, o Consea foi o responsável pela criação de políticas de acesso a água para o consumo humano e para a produção de alimentos (Programa Um Milhão de Cisternas – P1MC, Programa Uma Terra e Duas Águas – P1+2 e Programa Cisternas nas Escolas), bem como as iniciativas de compras institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, que vincula a compra de 30% dos recursos repassados pelo Governo Federal à compra da Agricultura Familiar, a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o Plano Safra da Agricultura Familiar e a Rotulagem dos transgênicos entre outros.

14 de outubro de 2022

Patac e Coletivo realizam oficina de alimentação e sanidade de ovinos e caprinos em Soledade

Na manhã desta sexta-feira, 14, está sendo realizada uma oficina sobre alimentação e saúde dos caprinos e ovinos, no Assentamento Arcanjo, Soledade- PB.
A atividade reuniu cerca de 50 pessoas (mulheres, homens e jovens) e faz parte das ações do projeto de ‘Fortalecimento de Sistemas Familiares de Criação Animal com Raças Nativas na Paraíba’. A iniciativa foi a vencedora da chamada pública 01/2021, promovida pela Secretaria Estadual da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido. Especificamente essa oficina ocorre hoje, com famílias agricultoras do território do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar, que faz parte da área de atuação do Patac, mas em outros territórios também estão acontecendo momentos de aprendizados e trocas de experiências como esse. Sobre o projeto - Trata-se de um projeto piloto que envolve quatro territórios de atuação da ASA-PB e tem como organização âncora a AS-PTA e o envolvimento do Patac, Centrac, Polo da Borborema, Coletivo, Folia e Casaco. A partir dessa experiência, pretende-se construir com o governo estadual um programa público mais adequado para as necessidades das famílias agricultoras portadoras de conhecimento sobre a criação dos animais nativos, sejam aves, caprinos ou ovinos. Na dinâmica das famílias rurais, os rebanhos representam a sua fonte de proteína animal e são também a poupança para quando houver necessidade de investimento de um valor alto, para estruturação da propriedade, quitação de empréstimos e custos com saúde na família. Além disso, os produtos derivados, como queijo, leite, carne e ovos também são fonte de renda para as famílias, além de garantir sua segurança alimentar.

27 de setembro de 2022

ASA PB relaliza evento “Eleições 2022 - A Paraíba por um Semiárido Vivo”

A Articulação do Semiárido Paraibano (ASA PB) promoveu, na sexta-feira (09), o evento “Eleições 2022 - A Paraíba por um Semiárido Vivo”, com a proposta de dialogar com as candidaturas ao Governo do Estado alinhadas com a agricultura familiar de base agroecológica no Semiárido paraibano.
A atividade teve como objetivo apresentar aos candidatos, um documento da ASA PB, construído por representantes dos territórios de atuação da rede, que fortalece a convivência com o Semiárido e a agricultura familiar de base agroecológica, pautando o acesso a terra, á água, a sementes, bem como a um saneamento rural que vise o reuso da água e uma educação contextualizada garantindo a permanerncia das pessoas no campo. Na ocasião, as candidaturas presentes - uma ao governo do Estado, Veneziano Vital do Rego (MDB), e duas ao Senado, Ricardo Coutinho (PT) e Alexandre Soares (PSOL) - assumiram o compromisso de efetivar as propostas apresentadas, caso sejam eleitos, assinando esse documento e outros que estão circulando o país na perspectiva de criar políticas públicas apresentadas pelas propstas da sociedade civil. Cerca de 500 pessoas dos 7 territórios que compõe a ASA PB estiverem presentes, entre elas agricultores e agricultoras, lideranças, jovens, organizações de assessoria e candidaturas do legislativo Estadual e Federal. O evento aconteceu na AABB, em Campina Grande. O diálogo proposto pela ASA na Paraíba é uma iniciativa que está acontecendo em vários territórios do Semiárido. Articulações como a ASA, a ANA e a Rede Ater Nordeste de Agroecologia estão estimulando esses processos de incidência política para que as pautas que dizem respeito à produção e acesso aos alimentos de verdade e livres de venenos estejam na prioridades dos programas e políticas públicas em todas as esferas governamentais – país, estados e municípios – além de estar na agenda do Legislativo nos três níveis. Links com documentos assinados: ASA Brasil - https://drive.google.com/file/d/19GRtmv8yi3wHRDIW2E0KqbrVS-Pj8O-2/view ANA - https://agroecologia.org.br/agroecologia-nas-eleicoes/ ASA PB: https://centrac.org.br/download/carta-da-asa-pb-a-paraiba-em-defesa-de-um-semiarido-vivo/ Marcha das Margaridas - https://www.fetape.org.br/imagens/documentos/carta-marg.pdf

16 de maio de 2022

Lideranças da Asa Paraíba discutem estratégias de incidência política em Encontro Estadual

Agricultores e agricultoras lideranças e organizações dos 7 territórios de atuação da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA PB), participaram do Encontro Estadual de Incidência Política promovido pela Asa Paraíba nos dias 11 e 12 de maio em Boqueirão, território do Cariri, região do Coletivo ASA Cariri Oriental (Casaco). A atividade marca a retomada das atividades presenciais depois de 2 anos realizando eventos virtuais, devido a pandemia. Um dos objetivos do encontro foi refletir sobre o papel e o lugar da Sociedade Civil na relação com o Estado, no sentido da formulação de políticas públicas para convivência com o Semiárido, tendo em vista o período eleitoral deste ano (2022) e os desafios futuros. No primeiro dia, foram discutidos os
avanços e desafios de políticas públicas de acesso à água, sementes vegetais e animais, mulheres, juventudes, comercialização, crédito e Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Um dos temas discutidos e que tem afetado as famílias agricultoras da Paraíba atualmente, é a instalação de parques de energia Eólica e Solar em áreas rurais. Essa implantação tem mudado o modo de vida de agricultoras e agricultores, reproduzindo a concentração agrária e acelerando o processo de desertificação da Caatinga. “Não só as energias eólicas estão impactando no nosso território, mas a solar também. Nós não somos contra a esse tipo de energia, mas uma energia não é limpa se destrói a agricultura e desapropria famílias. Pessoas que estão sendo forçadas a aderir a esses parques de grande escala e estão sendo enganadas pelas empresas, com falsas promessas de bons rendimentos”, disse Patrícia Almeida, assessora técnica do Centro de Ação Cultural-CENTRAC. Para Marcelo Gallassi, também da coordenação da ASA Paraíba, há uma propagação da volta do discurso do combate à seca, do Semiárido como o lugar de terra rachada, uma forma de justificar a implantação dos parques de energia eólica como solução para a melhoria de vida das famílias, o que precisa ser enfrentado com urgência pelas organizações da rede. Marcelo também afirma que “os candidatos/as precisam entender que não se constrói políticas públicas sem a sociedade civil. ” No segundo momento, o professor Jonas Duarte, do Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi convidado para fazer uma análise de conjuntura política com foco no processo eleitoral. "Precisamos reacender os movimentos populares. Esse é o nosso desafio", afirmou Jonas, reforçando a importância de o povo está nas ruas, lutando contra as perdas de políticas públicas e os retrocessos após esse período de isolamento social. “As eleições de 2022 são uma oportunidade para mudar essa conjuntura, se elegermos representantes que defendam as pautas e demandas dos povos do Semiárido. Estamos vivendo um mundo de dominação imperialista que está morrendo e a ascensão das forças progressistas aqui no Brasil pode ajudar a acelerar esse processo". Na quinta-feira, dia 12, o debate ocorreu sobre as pautas comuns da Rede ASA e a construção de um plano de incidência política. A coordenadora, Glória Batista, enfatizou que a Rede tem passado por um processo de ressignificação do seu projeto político, para além do tema da água e das cisternas. “A ASA é constituída por organizações sociais de um povo que luta em defesa da construção da convivência e promoção da Agroecologia no Semiárido”. Ela lembra que “é preciso denunciar as candidaturas que são contrárias aos direitos do povo e eleger representantes comprometidos com o projeto de convivência com o Semiárido.”. O agricultor Reginaldo Bezerra de Lima, do município de Caraúbas, trouxe a realidade do desafio dos agricultores que vivem no cariri e a dificuldade de preservar suas raças de animais nativos. “Tem uma política de direita no cariri muito forte. O programa Pecuária Mais Brasil é um exemplo disso. É um programa da ANATER e com sua expansão fica cada vez mais difícil a gente preservar nossas raças nativas”. Outro debate importante foi sobre a multiplicação e conservação das sementes vegetais da paixão. “Temos um histórico de mais de 10 anos de distribuição de sementes híbridas e isso tem afetado a autonomia das famílias, sem contar na distribuição de sementes transgênicas pelo governo estado”, disse a liderança Roselita Victor, do Polo da Borborema. Reforça que a rede precisa continuar pensando em estratégias de comunicação e de ação contra as ameaças do agronegócio e dos transgênicos, apontando caminhos de diálogo com os governos municipais e estaduais. “Uma de nossas conquistas foi da parceria como governo estadual para a construção de 10 Bancos de Sementes Comunitários que serão implementados em diversos municípios do estado. Essa conquista se deu a partir de uma Emenda Parlamentar apresentada pela deputada Estela Bezerra, isso porque existe vontade política. Por isso é preciso eleger representantes que apoiem nossas pautas”, contou a agricultora Gizelda Beserra, do Polo da Borborema. O evento encerrou trazendo algumas estratégias para formulação de plano de incidência, que servirá de horizonte para os próximos anos, dentre esses foram citados: o enfretamento ao modelo (de larga escala) de implantação aos parques de energia renovável nos territórios; a formulação de um ‘Projeto Ambiental em Rede para o reflorestamento da Caatinga’; O mapeamento dos candidatos e candidatas do campo popular que dialogam com o nosso projeto político e a elaboração de um material de comunicação para ser trabalhado nas comunidades, que denuncie os candidatos/as contrários a esse projeto; a realização de um debate com os postulantes ao governo estadual para apresentação das pautas da agroecologia e da convivência com o semiárido; a realização de um encontro com as juventudes dos territórios para debater sobre as eleições e o voto consciente e a reafirmação da agricultura familiar como produtora de alimentos agroecológicos, trazendo como base o acesso e o direito a terra, a água e as sementes.

24 de fevereiro de 2022

Coletivo e o Patac realiza Encontro com Secretários/as Municipais de Agricultura

Na tarde do dia, 22 os secretários Miranda Neto, do município de Soledade, Alex Barbosa do município, de Santo André, e Valéria Andrade, do município de Pocinhos. Mais representantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável - CMDRS: Jozenildo Torres do CMDRS do município de Soledade e Rafaela Diniz do CMDRS do município de Santo André se reuniram com a o Patac e o Coletvo.
O objetivo do encontro foi incidir no diálogo entre sociedade civil e gestão pública municipal para construção do Plano Safra Municipal. A defesa de políticas públicas continua sendo um eixo central e necessário para o fortalecimento da agricultura familiar, à agroecologia e a convivência com o semiárido. O Plano Safra Municipal é um instrumento de diagnóstico, planejamento, execução e monitoramento. Por isso, há que se ressaltar, a necessidade de fortalecer as condições reais de participação de agricultores e agricultoras, e o papel do CMDRS nessa construção. " Sem democracia, não há agroecologia "! Reafirmamos o compromisso coletivo de construir e participar.

4 de fevereiro de 2022

Florestando o Semiárido realiza Intercambio entre famílias agricultoras

 Agricultoras e agricultores do território do Coletivo Regional das organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Seridó e Curimataú, assessoradas pelo Patac, participaram de um intercambio de conhecimento na propriedade de Vilmar e Maria Silvanete Lermen, agricultores experimentadores da Serra dos Paus Dóias em Exú (PE). A atividade é uma iniciativa do projeto ‘Florestando o Semiárido’, patrocinado pela Petrobras.


Através das experiências desenvolvidas pela família camponesa, muitas trocas foram possíveis entre os dois estados sobre práticas sustentáveis de manejo do solo e a implantação de sistemas agroflorestais (Saf’s) visando à produção de alimentos agroecológicos.

Na propriedade do casal, tem duas cisternas de 76 mil litros e fogão geoagroecológico, já na Associação dos Agricultores (as) Familiares da Serra dos Paus Dóias (Agrodóia), da qual fazem parte, tem cisterna de 76 mil litros, jardim filtrante adaptado, fossa séptica, biodigestor, biofertilizante e agroindústria, onde são fabricados doces, geléias, licores, óleos essenciais e mel.

Tudo isso fez com que a propriedade se tornasse um modelo a ser mostrados aos inúmeros visitantes que o casal recebe.


Para a agricultora Edilene Monteiro, da comunidade quilombola Santa Rosa de Boa Vista-PB, o intercâmbio foi riquíssimo “Muito importante para todas e todos que vieram em busca de conhecimento, vou levar para o quilombo informações importantes e uma diversidade de mudas para fortalecer os quintais produtivos das famílias. Isso gera autonomia e sobrevivência para nosso território”

 

Para saber mais:

(83) 99319 0663/ Ascom Patac

(87) 9937-1999 /Vilmar e Maria Silvanete Lermen

 

Patac comemora 52 anos de trajetória no Semiárido

 

O Patac comemorou no dia 31 de janeiro, 52 anos de sua fundação. Para celebrar esta data, foi realizada uma live transmitida pelas redes sociais Facebook e YouTube.


https://www.youtube.com/watch?v=Qin8Uc2roO4

Na ocasião, a instituição celebrou o passado e o presente resgatando o avanço das tecnologias, e os avanços na política de comunicação e do trabalho em rede com outras organizações.

E para celebrar esse novo momento, lançamos um vídeo que apresenta o projeto “Florestando o Semiárido: Agricultura Familiar Guardiã da Caatinga”. A peça de animação apresenta as principais ações de convivência o com semiárido.

https://www.youtube.com/watch?v=n0W2TAYDvew

O vídeo foi idealizado para os diversos públicos e dialoga também com temas como o histórico de devastação no bioma Caatinga, o reflorestamento na perspectiva agroecológica, seqüestro de carbono e temas transversais do projeto como: as relações de gênero, o protagonismo da juventude e o respeito à diversidade.

O projeto Florestando o Semiárido é patrocinado pela Petrobras, realizado pelo Patac e conta com o apoio do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar.

Organizações comemoram a volta do CONSEA com banquetaço em Campina Grande

Um conjunto de organizações que atuam na promoção do direito humano à alimentação realizará no dia 27 de fevereiro, segunda-feira, um ‘Banqu...